Já a condenaram à pena de morte várias vezes. E os clientes, esses seres cada vez mais raros são considerados uma espécie em vias de extinção. Mas a alta-costura continua viva e recomenda-se… em mais uma edição na passerelle da capital da moda, Paris, até amanhã.
Enquanto Paris adormecia, um grupo de homens e mulheres dedicados, de corpo e alma, à moda não poupavam esforços para levar a cabo mais um desfile da Giorgio Armani Privé, que marcou a abertura de mais uma semana de moda da alta-costura em Paris. Inspirando-se na joalharia, o costureiro italiano de 75 anos apresentou em passerelle uma colecção onde se destacaram vestidos compridos e repletos de brilho, que certamente vestirão algumas celebridades na próxima edição dos Óscares em Março próximo. A par das propostas dos criadores, esta Semana de Alta-Costura de Paris fica marcada pela boa notícia que anuncia o crescimento do segmento do luxo.
Os últimos anos ficaram, inegavelmente, marcados por especulações e polémicas de que a alta-costura não iria sobreviver por muito mais tempo. Muitos até vaticinaram a sua morte e outros não hesitaram em condená-la à pena capital. No entanto, este sector continua a respirar, procura moldar-se aos novos tempos e recomenda-se… a uma elite de clientes, cada vez mais reduzida no mundo ocidental mas que nos mercados emergentes não parece conhecer a palavra crise, antes pelo contrário. Reduzida é, todavia, a elite dos que criam estes modelos originais e exclusivos que podem custar centenas de milhares de euros e exigir mil horas de trabalho manual. A actual edição de alta-costura de Paris prolonga-se até amanhã, dia 26, e apresenta as criações da Christian Dior, Chanel & C.ª para a Primavera/Verão 2012.
Fonte: Portugal Têxtil
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